Paróquia Nossa Senhora das Dores - Nova Odessa, SP

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A Voz do Pastor › 08/12/2017

Homilia Parte I

Olá amigos e amigas internautas…
Que bom estarmos juntos mais uma vez.

Como a HOMILIA é “parte integrante da celebração” (Sacrosanctum Concilium, 52; Instrução Geral sobre o Missal Romano, 29) e que não pode ser omitida nas missas dominicais e nas festas de preceitos, a não ser por motivos graves, onde o povo está presente (Sacrosanctum Concilium, 52), gostaria de continuar nossa reflexão sobre este assunto.

Hoje vamos ver O QUE DIZEM OS DOCUMENTOS DA IGREA SOBRE A HOMILIA.

O Concílio Vaticano II na Constituição sobre a Sagrada Liturgia (Sacrosanctum Concilium SC – 1963), no número 52 diz:

• a homilia é parte da própria liturgia;

• durante o Ano Litúrgico são apresentados os textos sagrados, os mistérios da fé e as normas da vida cristã;

• não podem ser omitidas nas missas dominicais e nas festas de preceito, a não ser por motivo grave.

A Instrução Inter Oecumenici – de 1964 retoma os elementos da Sacrosanctum Concilium e acrescenta:

• a homilia pode ser a explicação de algum aspecto da leitura da Sagrada Escritura ou de algum outro texto do Ordinário ou do Próprio da Missa do dia, que tenha relação com o mistério que se celebra ou com as necessidades dos ouvintes (n. 54).

A Instrução Geral sobre o Missal Romano – (IGMR) (na sua Terceira Edição Típica – 2000) diz:

• normalmente é feita pelo próprio presidente da celebração (n. 66). Numa concelebração será feita pelo presidente ou por um dos concelebrantes (n. 66);

• nas leituras explanadas pela homilia Deus fala a seu povo (n. 55; SC. 33);

• lugar da homilia é na cadeira ou no ambão, ou se for oportuno em outro ligar adequado (n. 136, 309).

A Introdução ao Elenco das Leituras da Missa- (Ordo Lectionum Missae – OLM –1981) retoma os dados acima e acrescenta:

• Cristo está presente e operante na pregação de sua Igreja (n. 24);

• que a homilia seja realmente fruto da meditação, devidamente preparada, não muito longa e nem muito curta e que se levem em consideração todos os presentes, inclusive as crianças e o povo, de um modo geral as pessoas mais simples (n 24);

• deve haver homilia nas missas celebradas para as crianças ou para os grupos particulares (n. 25);

• não fazer os avisos durante a homilia, pois o seu lugar é seguida à oração depois da comunhão (n. 27).

O Diretório para Missas com crianças – 1973 diz:

• em todas as missas com crianças deve-se dar grande importância à homilia, que pode ser feita em diálogo com eles (n. 48);

• a homilia poderá ser feita por um adulto que participa da missa com crianças, com a aprovação do pároco, sobretudo se ao sacerdote se torna difícil adaptar-se à mentalidade das crianças (n. 24).

O Documento de Medellín (1968) embora não fale especificamente em homilia lembra que:

• assim com Israel, o antigo Povo, sentia a presença salvífica de Deus quando da libertação do Egito, da passagem do Mar Vermelho e conquista da Terra Prometida, assim também nós, o novo Povo de Deus, não podemos deixar de sentir seu passo que salva quando se dá o verdadeiro desenvolvimento, que é, para todos e cada um, a passagem de condições menos humanas a condições mais humanas (Introdução n. 6).

O Documento de Puebla (1979) diz:

• a homilia, como parte da liturgia, é ocasião privilegiada para se expor o mistério de Cristo no aqui e agora da comunidade, partindo dos textos sagrados, relacionando-os com o sacramento e aplicando-os à vida concreta. Sua pregação deve ser esmerada e sua duração proporcionada às outras partes da celebração (n. 930).

O Documento 43 da CNBB- Animação da vida litúrgica no Brasil (1989), nos números 275 a 280 retoma o que já foi dito acima acrescentando:

• a homilia, que não é sermão ou outra forma de pregação, significa conversa familiar (n. 275);

• atualizar a Palavra de Deus, fazendo ligação da Palavra escrita nas leituras com a vida e a celebração (n. 276);

• os fiéis, congregados para formar uma Igreja pascal e para a festa do Senhor presente no meio deles, esperam muito da homilia e poderão tirar muitos frutos. Tem que ser simples, clara, direta e adaptada. Tem que estar profundamente ligada ao Evangelho e fiel ao Magistério da Igreja (n. 277);

• pode ser preparada em equipe (n.278);

• pode ser dialogada (onde possível);

• pode haver dramatização da Palavra, para completar a homilia (n. 280).

Desta forma podemos dizer que a homilia é uma ação sacramental, pois é através da palavra humana que Deus quer se fazer presente, quer nos atingir com sua Palavra e nos transformar.

Até mais…

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