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Sem categoria › 08/04/2019

Angelus: abandonar as pedras da condenação, converter-se e recomeçar

Antes de rezar com os fiéis a oração mariana do Angelus, Francisco comentou a liturgia deste quinto domingo da Quaresma, que apresenta o episódio da mulher adúltera.

Cidade do Vaticano

Abandonar as pedras da difamação e do julgamento, converter-se e recomeçar uma nova vida: esta foi a mensagem que o Papa transmitiu aos fiéis ao rezar com eles, na Praça S. Pedro, o Angelus dominical.

Antes da oração mariana, Francisco comentou a liturgia deste quinto domingo da Quaresma, que apresenta o episódio da mulher adúltera.

Nele, explicou o Papa, se contrapõem duas atitudes: a dos escribas e dos fariseus de um lado e, de outro, a de Jesus. O episódio narra o Mestre ensinando no templo, quando os escribas e os fariseus levam até ele uma mulher surpreendida em adultério; colocam-na no meio e perguntam a Jesus se lapidá-la, assim como prescreve a Lei de Moisés.

“Os interlocutores de Jesus estão presos nas amarras do legalismo e querem prender o Filho de Deus em sua perspectiva de juízo e condenação”, refletiu Francisco. “Mas Cristo não veio ao mundo para julgar e condenar, mas para salvar e oferecer às pessoas uma nova vida.”

Atire a primeira pedra

Jesus reage, antes de tudo, permanecendo um pouco em silêncio e inclinando-se para escrever algo no chão e depois diz: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”.

“Deste modo, Jesus faz apelo à consciência daqueles homens: eles se sentiam ‘paladinos da justiça’, mas Ele os chama à consciência de sua condição de homens pecadores, pela qual não podem atribuir-se o direito de vida ou de morte sobre um seu semelhante.”

Os homens abandonam o local um a um e renunciam à lapidação da mulher. Para Francisco, esta cena convida cada um de nós a se conscientizar de que somos pecadores e a deixar cair de nossas mãos as pedras da difamação e da condenação que, às vezes, gostaríamos de lançar contra os outros. “Quando falamos mal dos outros, lançamos pedras, somos como eles.”

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