Sexta Feira – 33ª SEMANA COMUM
Leitura do livro do Apocalipse de são João – 8Aquela mesma voz do céu que eu, João, já tinha ouvido tornou a falar comigo: “Vai, pega o livrinho aberto da mão do anjo que está de pé sobre o mar e a terra”. 9Eu fui até o anjo e pedi que me entregasse o livrinho. Ele me falou: “Pega e come. Será amargo no estômago, mas na tua boca será doce como mel”. 10Peguei da mão do anjo o livrinho e o comi. Na boca era doce como mel, mas, quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo. 11Então ele me disse: “Deves profetizar ainda contra outros povos e nações, línguas e reis”. – Palavra do Senhor.
Como é doce ao paladar vossa Palavra, ó Senhor.
- Seguindo vossa lei, me rejubilo / muito mais do que em todas as riquezas. – R.
- Minha alegria é a vossa aliança, / meus conselheiros são os vossos mandamentos. – R.
- A lei de vossa boca, para mim, / vale mais do que milhões em ouro e prata. – R.
- Como é doce ao paladar vossa Palavra, / muito mais doce do que o mel na minha boca! – R.
- Vossa Palavra é minha herança para sempre, / porque ela é que me alegra o coração! – R.
- Abro a boca e aspiro largamente, / pois estou ávido de vossos mandamentos. – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 45Jesus entrou no templo e começou a expulsar os vendedores. 46E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. 47Jesus ensinava todos os dias no templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da lei e os notáveis do povo procuravam modo de matá-lo. 48Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar. – Palavra da salvação.
O evangelista Lucas usa poucas palavras para descrever a expulsão dos vendedores que se instalaram no Templo. No entanto, trata-se de atitude densa de significado: o Templo já não era o lugar do sincero louvor a Deus e do cultivo das boas relações humanas. Tinha se transformado em “abrigo de ladrões”, recinto de exploradores do povo. Perdeu sua finalidade. Não havia mais razão para permanecer. Jesus, com seu gesto profético, provoca as autoridades, porque está abalando uma estrutura que, por séculos, constituía o centro do poder religioso, social, econômico e político do povo de Israel. Com efeito, os chefes dos sacerdotes, os doutores da Lei e os anciãos do povo, mais que depressa começam a tramar a morte de Jesus. Não obstante o perigo próximo, Jesus “ensinava todos os dias no Templo”.