Doenças raras: Vaticano pede pesquisa e solidariedade
“Podemos nos apoiar uns aos outros e enfrentar, armados unicamente de Jesus, todos os desafios com coragem e esperança.” Com esta mensagem no Twitter, o Papa Francisco recorda a celebração neste 28 de fevereiro do Dia Mundial das Doenças Raras.
Esta 11ª edição tem como tema “Mostre que você está ao lado de quem é raro!”, enfatizando a pesquisa médico-científica. De fato, são milhares as doenças raras identificadas, mas ainda são escassos os tratamentos para os cerca de 400 milhões de pessoas afetadas. Para cerca de mil dessas patologias, não existe nem mesmo o conhecimento científico de base.
Em sua mensagem para a ocasião, o prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, card. Peter Turkson, pediu mais investimentos das multinacionais farmacêuticas, que financiam quase exclusivamente a pesquisa de patologias mais comuns.
Doenças órfãs
“Referindo-se às doenças genéticas, fala-se de doenças “órfãs” e com frequência são os próprios doentes que se manifestam, organizando-se em associações especializadas. Mas se as doenças e os remédios são ‘órfãos’, não podemos deixar as pessoas órfãs”, escreve o cardeal.
O prefeito do Dicastério acrescenta que todo doente deve ser acolhido e amado e nenhuma doença deve condená-lo ao abandono e à marginalização.
“Estando ao lado de quem sofre de doenças raras, peço às autoridades públicas que deem uma contribuição decisiva para a pesquisa. (…) A cooperação entre a Organização Mundial da Saúde, os Estados e as grandes organizações não-governamentais è a via-mestra para tornar mais eficaz a luta às doenças raras”, afirma ainda o cardeal ganense. Por sua vez, Turkson faz um apelo à indústria farmacêutica para que destine parte de seus lucros para a pesquisa das doenças raras. “Trata-se realmente de uma causa urgente e inadiável.
Doenças raras e degradação do meio ambiente
O prefeito do Dicastério também alerta para a relação entre patologias raras e degradação ambiental, sobretudo nas civilizações consideradas industrializadas. Citando o Papa Francisco, recorda que nesses casos, o peso maior recai sobre as populações mais pobres.
Foi justamente o Pontífice que pediu ao Dicastério uma atenção especial às pessoas afetadas por essas patologias. O cardeal conclui reiterando o empenho da Igreja Católica em prol dos enfermos, seja através de centros de pesquisa, seja através dos agentes de saúde.
“A Maria confio todas as pessoas afetadas por doenças raras, suas famílias, os agentes de saúde e todos aqueles que todos os dias estão corajosamente a seu lado”, concluiu.
Vatican News