Duas Sextas-Feiras da Misericórdia, que apertaram o coração do Papa Francisco
Quando um Papa também chora😞
As “Sextas-Feiras da Misericórdia” são uma iniciativa criada e praticada pelo Papa Francisco para viver na vida real as 14 obras de misericórdia.
E a seguir você descobre duas experiências que o Papa Francisco viveu em suas Sextas-Feiras da Misericórdia e que o emocionaram de modo muito particular, conforme depoimentos dados por ele próprio:
1 – A vítima de prostituição que era torturada pelos seus exploradores
“Visitei as mulheres que estão sendo resgatadas do sofrimento da prostituição. Lembro-me de uma africana: muito bonita, muito jovem… e explorada. Ela estava grávida. Não apenas tinha sofrido a exploração como ainda tinha sido forçada a sofrer agressões e torturas. ‘Tem que ir trabalhar’…
Quando ela me contou a sua história, havia outras 15 moças me contando as delas. Uma dizia: ‘Padre, eu dei à luz na rua, no inverno. Sozinha. A minha menina morreu’. Eles a obrigaram a trabalhar até aquele dia, porque, se ela não levasse um bom dinheiro aos exploradores, era espancada e até torturada. De outra moça eles cortaram a orelha…
Eu pensei não só nos exploradores, mas naqueles que pagavam as moças: será que eles não sabem que, com aquele dinheiro, para obter uma satisfação sexual, estavam ajudando os exploradores?”
2 – A mãe de três bebês, desesperada com a morte de um deles
“Um dia eu fui acompanhar dois pontos extremos da vida: o início e o fim. Fui ao hospital próximo à clínica Gemelli, um hospital que tem relação com o Gemelli, mas que é para doentes terminais.
No mesmo dia, fui também ao hospital San Giovanni. Visitei a maternidade e havia lá uma mulher chorando, chorando, chorando, diante dos seus filhos gêmeos… pequeninos, mas muito lindos. Seu terceiro filhinho tinha morrido. Eram três, mas um deles estava morto. Ela chorava pelo filho morto, enquanto acariciava os outros dois. O dom da vida.
Então pensei no hábito de descartar os bebês antes mesmo do nascimento, esse crime horrendo: eles são descartados ‘porque é melhor assim’, ‘porque é mais cômodo’… É um pecado gravíssimo, é uma responsabilidade muito grande.
Aquela mãe que teve três filhos chorava pelo filho que tinha morrido e não conseguia se consolar com os dois que estavam vivos. O amor à vida em qualquer situação… é algo muito grande…”
Aletéia