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Sem categoria › 10/04/2018

Igreja necessita de sacerdotes simples, humildes e dóceis ao Espírito

Depois de reunir-se com os Missionários da Misericórdia, o Papa Francisco celebrou uma Missa na Basílica de São Pedro, na qual concelebraram 550 missionários que estão em Roma, provenientes dos cinco continentes, e os convidou a ser “simples” e “humildes”.

Em sua homilia, o Santo Padre pediu “sacerdotes normais, simples, humildes, equilibrados, mas capazes de deixarem-se constantemente regenerar pelo Espírito, dóceis à sua força, interiormente livres – antes de tudo de si mesmos – porque movidos pelo “vento” do Espírito que sopra onde quer”.

Além disso, falou do serviço às pessoas e o serviço às comunidades. E para isso, o sacerdote deve nascer do alto, porque se não corre o risco de se tornar como Nicodemos, que mesmo sendo mestre em Israel, não entendia as palavras de Jesus, quando dizia que para “ver o reino de Deus” é necessário “nascer do alto”.

“Nicodemos não entendia a lógica de Deus, que é a lógica da graça, da misericórdia, segundo a qual quem se faz pequeno torna-se grande, quem é o último torna-se o primeiro, quem se reconhece doente é curado”, disse o Papa.

A segunda indicação do Pontífice aos Missionários da Misericórdia foi o serviço à comunidade. Ser sacerdotes “capazes de elevar no deserto do mundo o sinal da salvação, ou seja, a Cruz de Cristo, como fonte de conversão e de renovação para toda a comunidade e para o próprio mundo”.

“O Senhor morto e ressuscitado é a força que cria a comunhão na Igreja e, através da Igreja e, por meio da Igreja, em toda a humanidade”, acrescentou.

Em seguida, o Bispo de Roma falou da comunhão entre os cristãos e como faziam as primeiras comunidades cristãs. “Era uma comunhão que fez partilha concreta de bens”. “Mas esse estilo de vida da comunidade era também contagioso para o exterior: a presença viva do Senhor ressuscitado produz uma força de atração que, por meio do testemunho da Igreja e por meio das diversas formas de proclamação da Boa Nova, tende a atingir a todos, ninguém excluído”.

Por último, manifestou que “t anto a Igreja quanto o mundo de hoje têm particularmente uma necessidade da Misericórdia, para que a unidade desejada por Deus em Cristo, prevaleça sobre a ação negativa do maligno, que se aproveita de muitos meios atuais, em si bons, mas que mal utilizados, ao invés de unir, dividem”.

ACI Digital

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