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Notícias › 16/03/2018

Papa Francisco e Padre Pio: sinais de misericórdia

Muita expectativa e organização para a visita do Santo Padre, pois esta é a primeira vez que um Papa vai também a Pietrelcina, afirmou Frei Belpiede em uma entrevista a Debora Donnini do Vatican News.

São João Paulo II foi a Padre Pio, depois o Papa Bento XVI, e agora também nosso Papa Francisco. E, pela primeira vez, o Papa não irá apenas a San Giovanni Rotondo, onde está o corpo dele, mas também a Pietrelcina, ou melhor, a Piana Romana. O Papa, na verdade, não vai à aldeia de Pietrelcina, mas nesse lugar – Piana Romana – um pouco mais alto, um lugar montanhoso, onde teria dito Padre Pio: “Em Pietrelcina havia Jesus, e tudo aconteceu lá”.

Uma grande programação, com crianças enfermas, jovens e religiosos, está prevista para esta viagem do Papa Francisco a Pietrelcina. A jornalista Debora Donnini esteve no local e conversou com algumas pessoas que estão diretamente envolvidas nesta passagem do Papa.

Casa de Alívio ao Sofrimento

Uma das etapas fundamentais da viagem do Papa a San Giovanni Rotondo é a visita ao departamento de Oncologia Pediátrica do hospital, uma estrutura criada por Padre Pio em 1956 e hoje um polo de excelência nos cuidados e na pesquisa, visitada também por Bento XVI em 2009. A Doutora Lucia Miglionico, diretora médica do departamento, nos fala do encontro com o Papa e da espera das crianças.

A ala está comemorando, porque finalmente verão o Papa em carne e osso. Então, há muita agitação, como somente as crianças conseguem fazer. Eles realmente estão esperando por ele.

Os trabalhos particulares que as crianças estão preparando – além de cartas, cartazes, desenhos – são seus pensamentos especiais para o Papa, são pensamentos espontâneos. Ontem vi uma das cartas das crianças em que estava escrito: “Santo Padre, peço por você, mas reza pela minha avó, porque agora ela é a única que ajuda meu irmãozinho em casa, porque mamãe está comigo no hospital. Aqui, acho que é a oração mais bonita que o Papa pode ter nas mãos e no coração.

Temos 22 leitos, mas temos um day-hospital que acolhe entre 15 a 20 crianças por dia. Nesse dia, o Papa encontrará na ala não menos de 40 crianças, que estão sendo tratadas atualmente. Porém, fora do departamento, haverá dezenas e dezenas de crianças que foram curadas para se encontrarem com ele.

Rupnik: Quem ama conhece os estigmas

Padre Marko Ivan Rupnik, que junto com o Centro Aletti, criou os mosaicos na cripta da nova Igreja de São Pio, localizada em San Giovanni Rotondo, falou do vínculo entre o Papa Francisco e o Padre Pio em vista da sua viagem a estes lugares santos no próximo sábado.

Esta proximidade do Evangelho, da Face de Cristo, da Revelação do Pai que acolhe, que se aproxima de cada pessoa, especialmente para aqueles que são mais feridos, que sofreram mais por causa de suas histórias, condições … Eu acho que existe uma grande proximidade entre essas duas pessoas.

E complementa que também nós somos capazes de viver nossa humanidade como o dom de si, viver a humanidade com amor. Quem ama conhece os estigmas; aqueles que não amam não os conhecem. Mas quem ama sabe que dói … é assim que o amor se realiza de maneira pascal. E então, quando você começa a amar, os estigmas começam a aparecer.

Papa aos Jovens

O Arcebispo de Manfredonia-Vieste-San Giovanni Rotondo, Dom Michele Castoro, se deteve nos detalhes da visita do Papa e sobre a vigília dos jovens a San Giovanni Rotondo, a espera da sua chegada.

Fizemos nos últimos dias nas diversas paróquias, e faremos até a véspera da visita do Papa, celebrações litúrgicas e eventos culturais, tanto para refletir sobre o Magistério do Papa quanto para examinar seus eloquentes gestos de caridade, e porque o Papa Francisco hoje constitui uma novidade também no panorama cultural.

E fala da grande atração que Padre Pio exercia e ainda exerce nas pessoas:

Padre Pio era o homem do “essencial”. É por isso que, de alguma forma, o Papa Francisco se apaixonou por ele. Embora ele estivesse então cercado por personagens do mundo do entretenimento, do esporte e da política, todos vieram a San Giovanni Rotondo para conhecê-lo. Para aqueles que iam até ele, mesmo para pedir uma graça, ele respondia: “Não, não, eu não dou graças. Somente o Senhor dá a Graça. Sou um humilde frade que reza. Vou fazer uma oração por você “.

Nesta essencialidade do Padre Pio se unem dois aspectos: o aspecto da oração e o da caridade. Ele era um homem místico: orava de manhã à noite. Confessava a todo momento. Ele então teve a grande intuição da fundação de “Casa Alivio do Sofrimento”, uma obra nascida do seu coração, onde acolhe os doentes. Hoje tornou-se um ótimo hospital, um hospital de excelência não só na Itália, mas em toda Europa.

Padre Pio e Papa Francisco: sinal de misericórdia

Papa Francisco não teve um encontro pessoal com Padre Pio, mas certamente teve uma grande sensibilidade para com este santo, recordemos a transladação do corpo de Padre Pio a Roma durante o Jubileu da Misericórdia, junto ao corpo de Leopoldo Mandić, afirmou frei Antônio Belpiede, procurador geral da Ordem dos Capuchinhos, destacando a importância de levar a misericórdia a um mundo ferido.

Quando se fala da devoção a Padre Pio pelo mundo, Frei Antônio relata que os grupos de orações na Itália diminuíram muito, porém continuam a crescer muito na América Latina, África, Canada e Estados Unidos, de modo especial um grande crescimento entre os jovens.

Padre Pio foi um homem muito doce, disse frei Belpiede, explicando que os seus gestos que pareciam ranzinzas, na realidade não eram e podiam ser compreendidos quando se pensa quantas vezes no meio da multidão tocavam as suas mãos e seus pés que estavam feridos provocando muita dor.

Os estigmas permaneceram abertos por 50 anos. E este é o grande sinal que a medicina não pode explicar: como cinco feridas “dilaceradas” – definidas pelos médicos – puderam permanecer abertas meio século sem se infectar, gangrenar ou curar. Os êxitos conhecidos pela medicina dizem que as feridas abertas e sangrando, ou cicatrizariam ou gangrenariam levando a pessoa à morte. Em vez disso, 50 anos ficaram abertas, e depois nas últimas semanas, antes de morrer, lentamente, um processo de cura começou.

A última crosta caiu no dia anterior à morte do Padre Pio. Então ele morreu com as mãos e os pés como de uma criança, sem sinal algum. Tudo está documentado em mais de cem volumes de documentos dos processo de beatificação e canonização: há fotografias, há tudo.

Papa Francisco, neste centenário dos estigmas e 50 anos da morte de Padre Pio, prestará uma homenagem, ou seja, agradecerá a Deus pelo dom deste grande santo.

VaticanNews

 

 

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