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A Voz do Pastor › 17/07/2020

Liturgia da Palavra: MARIA NA LITURGIA – Parte II

MARIA NA LITURGIA
Parte II

Olá amigos e amigas do face.
Sejam todos e todas bem vindos e bem vindas para mais um momento de reflexão sobre a nossa Sagrada Liturgia.

Vamos continuar refletido sobre MARIA NA LITURGIA. Faremos a Parte II.

Depois de tudo que refletimos, ao longo destas semanas, sobre Maria na liturgia, não se justificam a proliferação de novas devoções marianas e expressões devocionais destituídas de coerência teológica e bíblica, desvinculadas de uma experiência eclesial sólida (Tradição da Igreja) e paralela à Liturgia da Igreja.

Também não se justificam formas inadequadas de incluir a devoção a Maria dentro da própria Liturgia sem levar em conta os critérios litúrgicos: Ave-Maria depois do Pai-nosso, cantos que atribuem a Maria funções que são do Cristo, procissão com imagens de Nossa Senhora fora de contexto, etc.

A Igreja nos alerta quanto a isso: “A verdadeira devoção não consiste em senti-mentalismo estéril e passageiro, ou em vã credulidade, mas procede da fé verdadeira que nos leva a reconhecer a excelência da Mãe de Deus e nos incita ao amor filial para com a nossa Mãe e à imitação das suas virtudes” (Lumen Getium 67).

O grande desafio que se coloca é como articular a doutrina mariana do Concílio Vaticano II, que analisamos nestas reflexões sobre Maria, com a piedade popular (cf, Sacrosanctum Concilium 13), que é mais vistosa e exuberante.

A piedade popular, desenvolvida nas periferias urbanas e, sobretudo no campo, em comunidades entregues à própria sorte, sem nenhum acompanhamento pastoral, sem nenhuma oportunidade de viver uma experiência mais profunda e genuína de evangelização e de celebração do Mistério da Fé, se livrou do excessivo centralismo institucional, mas de outro se desviou, com exceções, para um devocionismo decadente.

Por isso o povo tem direito a uma nova evangelização também no que diz respeito à devoção a Maria. É necessário corrigir os desvios de atribuir a Maria funções e títulos que são próprios de Cristo. Nesse sentido, é importante cuidar das composições musicais, da escolha dos cantos marianos e evitar certas práticas que atribuem a ela as prerrogativas de Deus.

É importante ressaltar a sua condição de discípula-ouvinte da Palavra, ícone do nosso próprio caminho no seguimento de Jesus e seu lugar especial na assembléia dos remidos.

Hoje, dia 16 de julho, comemoramos o Dia de Nossa Senhora do Carmo. Já fizemos esta reflexão, mas vale a pena, refletir de novo.

É uma Festa de origem devocional. “O título do Carmelo recorda a herança espiritual de Elias, profeta, como contemplativo e incansável defensor do único Deus de Israel. No Monte Carmelo, no século XII, recolheram-se alguns eremitas com o intuito de dedicar-se dia e noite ao louvor de Deus sob o patrocínio da Bem-aventurada Virgem Maria” (Missal Romano, p. 616).

É celebrada no dia em que, segundo a tradição carmelita tardia, Nossa Senhora, numa visão, teria entregue o escapulário do Carmelo a São Simão Stock (1251), que no século XIII deu uma orientação mais ativa aos carmelitas.
Até mais …

 

Padre Ocimar Francatto

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